De onde vens
Tão maltratada Alma Perdida ou encontrada Que mundo é este por onde vagueias Que sentimento é este que te abraça Em ascensão e na desgraça Nas teias Da incompreensão No consolo da solidão Um basta que chega A luz negra que cintila A luz negra que aniquila Neste poema sem conclusão Por vezes dou por mim a pensar… Se serei real… Ou apenas... uma história inventada… Um personagem Que alguém imaginou… E assim estou estagnado nesta incerteza...aguardando pela próxima linha... E...o que será que essa mão vai escrever? Qual a sua intenção? Levar-me à loucura? E se não mais escrever... Deixar-me-à entregue à solidão? Terei forma de escapar? Procurar auxílio? E enquanto o parágrafo não avança... Enquanto apenas existe um ténue pensamento, um rascunho Enquanto a ideia ainda não está formada...o que sou? Um conceito? Uma noção? Ou serão todas estas questões um enorme disparate E na realidade... eu existo Mas de tanto imaginar, de tanto escrever Acabei por passar a viver num mundo que eu próprio criei E agora dou por mim a pensar, no que irá acontecer Se eu apagar As histórias que escrevi... |
?Porque escrever é para mim como respirar...Só assim me sinto Vivo. Histórico
Maio 2022
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