A morte e a vida, a mentira e a verdade...o que se pode dizer de tudo isto num minuto?
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Quem sou eu? O que me define? Serei real? Serei eu quem digo que sou? Ou serei apenas uma projecção daquilo que quero que imaginem que eu sou? Serei eu aquele que digo ser... ou aquele que quero que presumam que eu seja? E...sendo assim, qual a minha real identidade? Personalidade... Raça, sexo, estatura, idade... Mas não estarei eu, ou vós, a filtrar alguma informação? Não será esta a imagem de mim que processam, pelo menos em parte, influenciada pelas vossas vivências, crenças, interacções sociais? Será por isso real, a imagem que eu projecto? Esta pequena composição não pretende dar respostas, mas colocar questões. Este é um projecto fotográfico que nos coloca uma questão. Há actos cuja origem nem sempre é consciente, há convicções que são fruto do meio em que vivemos, do que nos rodeia e nem sempre se distingue o que somos do que pensámos ser... E se este fosse o último #AMODOSQUÉISTO? Como seria? É só ver e ouvir e...a modos que é isto! Reluz a luz pela manhã, acordada pela madrugada O nevoeiro pousa nas folhas como leves gotas de tinta Oh escuridão, que nos escutas e silencias a alma Por entre os montes e vales que nos cercam Oh luz que nos aqueces, dás voz aos pensamentos Somos pequenos, ligeiros pontos andantes Rodopiando por entre as correntes de ar Mas eis que te escapas por entre os raios Iluminando os nossos passos curtos Que nos ilumines o caminho, pedimos Nas horas mais negras, onde escasseia a fé Para que não nos fuja dos pés a coragem Fotografias realizadas no Parque Natural de Montesinho, Bragança O rio corria sem parar Desde a noite passada Era de manhã e transpirava Gotas de água para o ar Que decidiram por si dançar Na brisa jovem da manhã Gotas leves, saltitantes Beijando nossas faces Como beijam os amantes Impediam os raios de sol Mais lentos de passar Mas os raios remoeram Insistiram, repetiram Enfim, não descansaram Até todos eles brilhar As gotas felizes, evaporaram Saltitantes, combinaram Todas, esta noite ao rio voltar Sim, não tem piada, não tem piada nenhuma. Podem ver o documentário completo em dominionmovement.com Estávamos um dia eu e o Daniel a conversar sobre fazermos um vídeo para um dos seus temas...e cá está. É sempre um enorme privilégio fazer parte da experiência e poder transformar sentimentos em imagens. Ouçam, partilhem... Cansaço, falta de energia, má disposição, noites mal dormidas e outros tormentos? Apesar da publicidade ser explícita, vale a pena conhecer o remédio 100% natural e sem contra-indicações. Quantos eus existem? Um, dois, três… Será a mesma pessoa, a que está deste e desse lado? Serei um eu que existe e vive e um outro que aparenta viver e existir de outra forma? Será por isso que existem os filtros? Para multiplicar as possibilidades? Um eu que não tem rugas, um eu que é mais moreno, um eu que está a sentir-se feliz, um eu que está a viajar, um eu...como sei onde está o verdadeiro eu? Será que a percepção vai de tal forma mudando, que os meus olhos já só veem o que eu quero que vejam? Ou, para ser mais correto, será que os meus olhos já só veem aquilo que eu quero que os outros vejam? Onde começa e onde acaba a linha que separa o sincero do falso, a verdade da mentira? E se o eu que partilho não é o verdadeiro eu, e tu fazes o mesmo, eles fazem o mesmo...não estaremos todos a viver uma mentira? Mas se a mentira é o que todos vivemos, não passará essa mentira a ser a verdade? Existirá, portanto, no mínimo duas versões de cada um de nós? E porque parece que vivemos mais na filtrada do que outra? Porque temos 40 anos e queremos parecer que temos trinta? Porque estamos em casa e queremos parecer que estivemos na praia? Porque estamos tristes e queremos mostrar que estamos contentes? Porque estamos na merda, e queremos mostrar que nunca fomos tão felizes? Algum dia o filtro vai cair...algum dia vamos ter que nos olhar ao espelho, algum dia esse mundo falso em que um dos nossos eus vive acabará por desabar… Como será? Olharemos para trás e assumimos que vivemos uma mentira? Iremos concluir que afinal existimos, mas não vivemos? Já não bastavam as máscaras, ainda procuramos filtros.. |
?Porque escrever é para mim como respirar...Só assim me sinto Vivo. Histórico
Maio 2022
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